Tuesday, April 01, 2008

Tartaruga não come arroz carreteiro de jacaré


Esta tartaruga verde e amarela sou eu andando pelas ruas de Galway e de Gort hoje. O meu joelho esquerdo ainda não melhorou, então, não pude voltar a caminhar normalmente.

Se não fosse a caminhada até o centro com o Pete ontem, que me fez ganhar um pouco de confiança de sair de casa, eu certamente não teria aceito o trabalho em Gort hoje.

Quando saí da casa da cliente passei na Real Brazil para comprar feijão preto, pois o que trouxe para o Pete do Brasil acabou na semana passada. Ele fará um jantar para os nossos amigos para comemorar o meu visto.

Lá na loja eu comentei com a atendente que meus pais são de Catalão, daí saiu um homem com trajes de fazendeiro brasileiro: com botas pontudas de couro, chapéu e cinto com fivela grande ovalada, dizendo que a funcionária da loja ao lado também é de Catalão. A moça chama-se F. Conversei um pouco com ela e saí com destino à praça para pegar meu ônibus de volta para Galway.

De repente vejo o cowboy brasileiro e um amigo andando atrás de mim. O cowboy seguiu conversando comigo até a casa dele, que ele chamou de muquifo, e ficou em frente à sua porta aberta. Após ele contar sobre a sua vida de caminhoneiro pelo Brasil e listar o nome de todas as cidades que ele passava até chegar em Porto Alegre (que memória!) falamos sobre a nossa incomparável culinária brasileira e ele disse que tinha acabado de fazer arroz carreteiro e me convidou para comer, mas eu expliquei que tinha outro trabalho em 1 hora. Então, ele disse que como sou de Brasília devo passar por Abadiânia no caminho para Catalão e falou para eu perguntar sobre ele na cidade, pois todos conhecem o Jacaré.