Nossa! Foram quase 2 semanas sem escrever! Considerando que estou aqui há 6 semanas e 2 dias, foi muito tempo! Tanta coisa aconteceu! Felizmente, só coisas boas.
Quarta fará 2 semanas que estivemos no cartório de Galway, que fica no hospital, ou seja, pertinho de nós (2 min) - mas os casamentos são feitos num cartório fora da cidade. São 10 min. de carro apenas, mas é pouco prático.
A senhora do cartório comportou-se como uma juíza durona conosco. Ela começou pedindo a documentação do Pete, que não tinha sido avisado que precisaria levar o passaporte - afinal, certidão de nascimento é prova de identidade. O Pete ficou tenso e na defensiva e coube a mim agir com tranquilidade.
Comecei dizendo que eu sabia que ele tinha que levar o passaporte. Ao concordar com a Theresa eu automaticamente comecei a conquistar a empatia dela e fazer com que ela baixasse a guarda. Ela estava nervosa porque havia acabado de receber uma ligação informando que um casamento teria que ser anulado porque um dos noivos disse ter casado sob coerção e que não entendeu o que foi dito no dia do casamento.
Não esqueci nenhum documento e ainda levei o Certificado de Inglês Avançado de Cambridge. Assim, quando ela perguntou o meu nível de Inglês o mostrei a ela. Foi a primeira vez que usei ele em 2 anos! Ela disse que teria que testar meu Inglês ela mesma e pediu para o Pete sair da sala para eu interpretar algo para ela. Ela olhou para mim e achou que eu fosse ficar nervosa. Aproveitei para dizer que o Pete estava tenso para que ela soubesse que ele ficou abalado com o esquecimento do passaporte, que ele normalmente não é daquele jeito e para ela pegar um pouco mais leve.
Quando o Pete voltou descontraí um pouco mais o ambiente ao conversar baixo com ele enquanto ela checava nossos papéis. Quando ela tirou os olhos dos documentos calamos nossas bocas, pois achamos que não podíamos conversar. Ela pediu desculpas e disse para continuarmos conversando.
Quando olhei para a mesa que estava atrás de nós, vi um casal de araras vermelhas e azuis e disse, "Elas me lembram tanto o Brasil. Qual é mesmo o nome em Inglês?". O Pete então respondeu "Arara". Porém, ela corrigiu "Não, o brasileiro que me deu esse presente me disse que são love birds". Daí em diante o clima ficou leve.
Terminadas as instruções sobre o dia do casamento, ela nos levou até a sala de casamentos e nos deixou à sós. A sala possui uma mesa longa de conferência e 60 cadeiras.
O cartório e a sala de casamentos ficam no Hotel Clarenbridge. Por fora lembra ele mais um hospital, mas quando você entra percebe o quanto o hotel é agradável.
Há carpete vermelho com detalhes amarelos por toda a sua extensão. Passada a enorme e linda porta de madeira escura com detalhes dourados e vidro encontramos dois hóspedes tomando café da manhã no hall, à direita, e um veado dourado (em tamanho real), à esquerda.
Os documentos foram enviados para o cartório de Roscommon para lá ser reconhecida a sua validade. Só quando isso tiver sido feito poderemos marcar a data do casamento.
No última sexta, visitamos o NOSSO lugar! Um apartamento num predinho de 3 andares a 5 lindos minutos do hospital. A cozinha é aberta, ou seja, integrada com a sala de tv. Os armários abaixo da pia são na verdade máquina de lavar louças, geladeira e freezer. O nosso quarto tem banheiro próprio. O outro banheiro fica à frente do segundo quarto, que também tem cama de casal. Enquanto o Sr. Kieran continuava mostrando o resto do apartamento eu comecei a imaginar meus familiares e amigos lá, nos visitando.
Esse senhor é um homem educado e de classe, porém simples. Senti uma empatia imediata por ele. Quase ajeitei o moletom dele nas costas. Tive que me conter. Ele disse que no dia anterior alguém quiz ficar com o lugar, mas que "o coração dele não concordou". Ponto para a gente! Isso foi algo muito simbólico.
Ok. O Pete chega do trabalho em 10 minutos e eu tenho esse tempo para arrumar a mudança, pois ele já fez um bocado hoje de manhã
Observações:
1) Vivi, adorei a sua ligação! Ligue mesmo sem cerimônias. Aquele dia tive que sair, pois estávamos loucos atrás de um lugar para morar.
2) Letícia, reapareci! =)
3) Ok, Cris! Sempre mandarei o endereço do blog quando atualizá-lo e te informarei por email.
A senhora do cartório comportou-se como uma juíza durona conosco. Ela começou pedindo a documentação do Pete, que não tinha sido avisado que precisaria levar o passaporte - afinal, certidão de nascimento é prova de identidade. O Pete ficou tenso e na defensiva e coube a mim agir com tranquilidade.
Comecei dizendo que eu sabia que ele tinha que levar o passaporte. Ao concordar com a Theresa eu automaticamente comecei a conquistar a empatia dela e fazer com que ela baixasse a guarda. Ela estava nervosa porque havia acabado de receber uma ligação informando que um casamento teria que ser anulado porque um dos noivos disse ter casado sob coerção e que não entendeu o que foi dito no dia do casamento.
Não esqueci nenhum documento e ainda levei o Certificado de Inglês Avançado de Cambridge. Assim, quando ela perguntou o meu nível de Inglês o mostrei a ela. Foi a primeira vez que usei ele em 2 anos! Ela disse que teria que testar meu Inglês ela mesma e pediu para o Pete sair da sala para eu interpretar algo para ela. Ela olhou para mim e achou que eu fosse ficar nervosa. Aproveitei para dizer que o Pete estava tenso para que ela soubesse que ele ficou abalado com o esquecimento do passaporte, que ele normalmente não é daquele jeito e para ela pegar um pouco mais leve.
Quando o Pete voltou descontraí um pouco mais o ambiente ao conversar baixo com ele enquanto ela checava nossos papéis. Quando ela tirou os olhos dos documentos calamos nossas bocas, pois achamos que não podíamos conversar. Ela pediu desculpas e disse para continuarmos conversando.
Quando olhei para a mesa que estava atrás de nós, vi um casal de araras vermelhas e azuis e disse, "Elas me lembram tanto o Brasil. Qual é mesmo o nome em Inglês?". O Pete então respondeu "Arara". Porém, ela corrigiu "Não, o brasileiro que me deu esse presente me disse que são love birds". Daí em diante o clima ficou leve.
Terminadas as instruções sobre o dia do casamento, ela nos levou até a sala de casamentos e nos deixou à sós. A sala possui uma mesa longa de conferência e 60 cadeiras.
O cartório e a sala de casamentos ficam no Hotel Clarenbridge. Por fora lembra ele mais um hospital, mas quando você entra percebe o quanto o hotel é agradável.
Há carpete vermelho com detalhes amarelos por toda a sua extensão. Passada a enorme e linda porta de madeira escura com detalhes dourados e vidro encontramos dois hóspedes tomando café da manhã no hall, à direita, e um veado dourado (em tamanho real), à esquerda.
Os documentos foram enviados para o cartório de Roscommon para lá ser reconhecida a sua validade. Só quando isso tiver sido feito poderemos marcar a data do casamento.
No última sexta, visitamos o NOSSO lugar! Um apartamento num predinho de 3 andares a 5 lindos minutos do hospital. A cozinha é aberta, ou seja, integrada com a sala de tv. Os armários abaixo da pia são na verdade máquina de lavar louças, geladeira e freezer. O nosso quarto tem banheiro próprio. O outro banheiro fica à frente do segundo quarto, que também tem cama de casal. Enquanto o Sr. Kieran continuava mostrando o resto do apartamento eu comecei a imaginar meus familiares e amigos lá, nos visitando.
Esse senhor é um homem educado e de classe, porém simples. Senti uma empatia imediata por ele. Quase ajeitei o moletom dele nas costas. Tive que me conter. Ele disse que no dia anterior alguém quiz ficar com o lugar, mas que "o coração dele não concordou". Ponto para a gente! Isso foi algo muito simbólico.
Ok. O Pete chega do trabalho em 10 minutos e eu tenho esse tempo para arrumar a mudança, pois ele já fez um bocado hoje de manhã
Observações:
1) Vivi, adorei a sua ligação! Ligue mesmo sem cerimônias. Aquele dia tive que sair, pois estávamos loucos atrás de um lugar para morar.
2) Letícia, reapareci! =)
3) Ok, Cris! Sempre mandarei o endereço do blog quando atualizá-lo e te informarei por email.