Monday, November 28, 2011

Filhos unem o casal?


Uma vez me disseram que filhos unem o casal. Do ponto de vista genético, sem dúvida, mas e do resto?

A chegada da nossa fofucha aumentou a nossa comunicação. E no que refere-se à criação de filhos ela mudou, pois agora é tudo na prática. As teses ficaram para trás. 

Contudo, talvez por causa do meu instinto de proteção de mãe de primeira viagem misturado com situações emergenciais, como a em que a nossa fofucha estava molhada de xixi e precisávamos preparar água pro banho rápido, não falei com o Pete com a mesma cordialidade de sempre. Houve casos em que as palavras nem saiam em Inglês. 

Eu ía e fazia o que precisava eu mesma e como dizem, o Pete ficava no vácuo. Ele é mais calmo, então, o estresse dele, se existente, é mais em consequência do meu. Felizmente temos desculpado e relevado o mal jeito um do outro, pois sabemos onde o contrário poderia nos levar. 

Para você ter uma idéia, o Instituto de Pesquisa Econômico e Social fez um estudo sobre a vida familiar irlandesa ao longo dos últimos 20 anos e concluiu que casais com um filho estão entre 25 a 30% mais sujeitos a se separar do que aqueles sem filhos ou com mais de um.

Um dos autores da pesquisa, o Dr. Tony Fahey, disse que o motivo é a pressão extra colocada no casamento, mas que casais com 2 ou mais filhos parecem superar isso. Deduzo que se o casal resolveu ter um segundo filho é porque conseguiu levar bem a chegada do primeiro.

De qualquer forma, depende dos pais. Se ambos não tivermos consciência da mudança da dinâmica do relacionamento ele pode infelizmente ruir. Talvez casais que contratam babá ou contam com a ajuda da família sofram menos pressão, embora talvez não uma vez que contratar babá em si deve ser um estresse. Não sei quanto ao resto do Brasil, mas pelo o que escuto, em Brasília elas estão em extinção. 

Tuesday, November 22, 2011

Sonho de consumo irlandês


Aqui em Galway, as mulheres pedalam com botas de salto alto numa boa, mas eu gosto de conforto e segurança - e de poupar minhas botas de couro também! Não me incomodo com chuva, só não gosto de andar ou pedalar com as canelas molhadas, pois a sensação de frio aumenta. 

Eu vinha querendo um par de wellington boots há muito tempo, mas nunca encontrava um com preço bom que não fosse muito parecido com botas de frigoríficos. As de plástico são bem em conta, mas não consigo deixar de achá-las infantis. Estas são de borracha e devem durar um bom tempo. 

Quando visitei as Ilhas de Aran vi quase todo mundo usando botas de borracha, mas não tão estilosas quanto estas. Adorei! Pensei ¨Este é meu lugar, adoraria morar aqui¨. 

Se você também deseja comprar um par de wellington boots com bom preço visite o site Surfdome.com. Algumas destas botas estão em promoção de 20% e eles fazem entrega internacional. Há outros pares lindinhos também. Comprei um número maior.

Sunday, November 20, 2011

Diário da bebê


O diário da nossa fofucha foi uma espécie de dica indireta aprendida na maternidade. As enfermeiras marcavam o horário que ela mamava. Mas isso só aconteceu algumas vezes. Logo passaram a me perguntar que horas ela tinha mamado pela última vez e eu não lembrava. Logo percebi que cabia a mim continuar registrando os horários.

Entretanto, o fichário continha outros dados que decidi reproduzir num caderno em casa. Cada dia possui os seguintes dados: time, feed, stool, wet, vomit, remarks. Em Português poderia ficar assim: hora, mamada, fezes, xixi, vômito e observações. 

A hora é definida pela hora em que ela começa a dar sinais de fome - geralmente logo após acordar. Trocamos a fralda quando isso acontece, daí temos condições de marcar ou não mais dois campos - fezes e xixi. Após a mamada, que ocorre logo após a troca da fralda, podemos preencher o resto. No campo de observações colocamos a quantidade que ela mamou.

O diário foi importante para entendermos sem demoras que a quantidade de leite indicada pelo fabricante do leite que ela toma, o Aptamil, não estava dando conta da fome dela. Conversamos com a Public Nurse que concordou com o upgrade na quantidade. Assim passamos a oferecer 180 ml por vez. Ao invés de mamar 6 mamadeiras com 150 ml ela passou a mamar 5 vezes por dia, que é a quantidade correta. Nem sempre ela mama os 180 ml todos. 

Outra vantagem indireta do diário é que ela ficou menos dependente do bico. A partir do momento em que a fome aumentou, na 4a semana, e ela continuava recebendo 150ml, ela não ficava sem o bico. Agora está bem melhor, ela está mais calma.

Friday, November 18, 2011

Antes e depois da maternidade

Segurando a mãozinha da minha fofucha

A gente escuta os recém-pais comentarem que suas vidas mudaram completamente após ter filhos. Isso é indiscutível do ponto de vista da rotina dentro de casa.

Nunca tivemos tantas roupas limpas para usarmos, por exemplo. Como procuro deixar todas as roupas da minha fofucha prontas para serem vestidas a lavagem é constante e, como consequência, nossas roupas entram na jogada.

Embora seja muito cedo para ela comer conosco ou apreciar a organização da cozinha, esta tem parecido uma cozinha  brasileira: nos trinques. A diferença é que somos nós mesmos que a limpamos.

Minha fofucha também não usa o banheiro ainda, é claro, pois só tem 1 mês e 11 dias, mas aquele agora parece banheiro de hotel cinco estrelas.

Nosso quarto, que vivia bagunçado, mais por minha conta do que do Pete, está de dar gosto. Especialmente o gaveteiro com as roupas dela, pois o reorganizo duas vezes por semana para não perdê-las, pois a minha fofucha cresce rápido demais. As minhas roupas não eram organizadas por semanas, antes dela nascer, o que dirá organizar o que já está organizado!

Nestas 6 semanas estive praticamente 24 horas à disposição dela, pois mesmo dormindo estou preparada para recolocar o bico que caiu ou aliviar algum desconforto. E foram muitas mamadeiras. Pelo menos 200. Troca de fraldas também, já que isso é feito antes dela mamar. 

Além disso, abandonei o mundo do crime. Deixei de ler artigos sobre mortes e assassinatos. Até a minha fofucha nascer eu era bem informada sobre isso. Sabia os principais crimes ocorridos no Brasil e na Irlanda. Era tudo o que me restava, pois no final do primeiro ano de casamento tive que deixar de assistir documentários sobre mentes criminosas, pois estava assustando o Pete. risos

Fora o relatado, sou a mesma pessoa de antes. Já incorporei a nova rotina. Não sinto falta de nada de antes. Continuo gostando de estar informada (sobre assuntos diferentes de crimes também!) e beber um cházinho irlandês, que havia abandonado quando fiquei grávida. 

A grande diferença é que assuntos de filhos me interessam agora e também me tocam MUITO mais. Me emocionei ao ver o pai da Pamella, a moça morta por engano em Goiânia, falar sobre a filha, por exemplo. - ok, confesso, ainda leio sobre crimes, mas bem menos!

O vídeo abaixo mostra outra relação de pais e filhos, mas desta vez de passarinhos. Eu havia visto este vídeo há muito tempo e o achado bonito. Hoje, revi, pois o recebi por email, mas desta vez terminou em lágrimas.

Robins: 4 Eggs, 4 Weeks from Fred Margulies on Vimeo.

Wednesday, November 16, 2011

Bebê aveludada e quentinha

M1 - R$ 32


M2 - R$ 28


M3 - R$ 30 (cada)

M4 - R$ 27 (cada)

M5 - R$ 29 (cada)
Macacão para neve - R$ 60
Rosa ou azul
Saco de dormir - R$ 52


Quando fui tirar minha fofucha do moisés uma noite dessas, o macacão de algodão dela estava congelando, então, saí a procura de macacões com tecido aveludado, pois já tinha usado um que ela ganhou e gostado porque não esfria. Encontrei uns lindinhos e mais em conta que a média. Como as roupinhas de 0 a 3 meses já estão quase ficando pequenas embora ela só tenha 1 mês e 9 dias já comprei alguns de tamanho 3 a 6 meses também.

Embora aconselhem a comprar roupas um número maior, para servir mais tempo, a verdade é que os tamanhos de roupas nesta parte do mundo são um pouco pequenos para os nossos padrões. Fica a dica para quem for comprar roupas para bebês na Irlanda e no Reino Unido. E procure macacões como estes, com botões e abertura na frente, pois são os mais práticos. Nas costas é dureza, especialmente se você é mãe de primeira viagem. 

Caso tenha interesse em adquirir alguns do macacões basta entrar em contato. O prazo de entrega para o Brasil é de cerca de 15 dias. A diferença entre o tecido destes macacões e dos convencionais, é que estes tem pelo menos 20% de polyester enquanto os convencionais só tem algodão, por isso esfriam. A outra vantagem é que não amarrotam tanto - eu não passo estes macacões. Eles também duram mais tempo e retem melhor as cores. O macacão para neve é 100% de polyester e para muito frio. O saco de dormir é usado como cobertor e tem os dizeres ¨all I need is love¨.

Custo do envio para o Brasil por carta registrada até 500g = R$ 25 e 1kg = R$ 40
Seguro em caso de extravio de até R$ 83 (devolução do seu dinheiro)
Comissão 20% (a ser acrescido ao preço do produto + custo do envio)
Rastreio no site do Correio Irlandês, An Post:
http://track.anpost.ie/track/trackone.html

Os preços dos macacões são válidos hoje e estão sujeitos a alteração.

Thursday, November 10, 2011

Outro bebê?


Para muitos a questão de ter um segundo filho é algo natural. Mas quando não se sabe se você terá ao menos um, isso é algo incomum, especialmente quando você acabou de ter um bebê. Contudo, estivemos no GP (general practitioner) e fui surpreendida.

É que quando ainda estava no hospital, após dar à luz, uma parteira, ou melhor, várias delas falaram sobre anticonceptivos, mas uma delas me aconselhou a esperar um ano antes de engravidar novamente. Achei um pouco engraçado, pois isso nem passava pela minha cabeça, embora saiba que é o conselho padrão.

Quando perguntei ao nosso GP, ontem, se o melhor mesmo seria esperar um ano para tentar engravidar de novo, ele disse que não, muito pelo contrário, que se eu fosse querer outro bebê que eu começasse a tentar de imediato, pois no que refere-se à ter filhos eu sou uma mulher de meia idade. 

Ele repetiu isso e ainda alertou sobre o que já sabemos sobre ter filhos mais velha e os possíveis ¨problemas¨, tais como Síndrome de Down, e falou que o Pete não influi nisso. Digo, a idade dele, que o fator determinante é a minha idade.

Como disse antes, não sabia se teria um bebê - depois explico em outro post - então a possibilidade de ter um segundo me deixou perplexa, mas feliz também. Em parte porque eu passaria por outra cesárea. Se você acompanha o blog, você sabe que eu desejava ter parto normal, mas isso não foi possível, e a verdade é que a cesárea em si não foi nada traumática. Nem a cirurgia nem o pós-operatório.

Assim, agora temos que decidir ¨pra ontem¨ se teremos outro bebê. Como nossa fofucha é uma bebê serena e a gravidez dela correu muito bem, eu não descarto a idéia. O Pete diz que a decisão é minha, ou seja, ele não é contra termos outro filho. Queria ter mais tempo para decidir embora saibamos que mesmo se decidirmos que sim, não significa que conseguiremos. 

Em todo caso, para quem está no mesmo barco que eu, ou ainda não encontrou sua cara metade, digo: a mãe do Pete começou a ter filhos com mais ou menos a mesma idade que eu, o teve com 42 anos e ainda teve uma filha aos 46. Ela teve 5 filhos no total.  Nenhum deles é especial. Bem, para mim o Pete é especial, né! ;)

Wednesday, November 09, 2011

A licença que mata


Já percebeu como as pessoas mais próximas ou que mais amamos são justamente aquelas que mais nos magoam às vezes? Elas nos conhecem melhor que ninguém e sabem justamente o que nos machuca, no entanto...

É que algumas pessoas acreditam que devem usar a sua licença para dizer ¨a verdade¨ para o ¨nosso bem¨. 

Deixe-me explicar a questão da licença. O Pete, por exemplo, dava um tapinha no meu bumbum e dizia que tinha uma licença para isso e mostrava a aliança de casamento dele. Apesar disso não me incomodar em casa, quando ele o fazia na rua eu não gostava. Expliquei porque e ele parou. Dentro de casa a questão da licença virou brincadeira.

Essa é a única licença que o Pete usa no nosso casamento. Obviamente já discutimos e ambos já dissemos coisas que não diríamos com a cabeça fria, mas em situações normais de pressão e temperatura ele não usa a ¨licença de marido¨ para falar ¨verdades¨ sobre mim.

Uso a palavra ¨verdade¨ ironicamente, pois essa é a justificativa utilizada pelos donos da verdade. Eles usam o argumento de querer o nosso bem ou de estarem apenas sugerindo algo para dizer coisas desagradáveis sob a justificativa do laço que nos une, seja familiar, seja fraternal, seja hierárquico. 

O interessante é que sugestão é dada uma vez só, mas os donos da verdade e de todo o conhecimento conseguem sugerir a mesma coisa várias vezes sem perceber que essas sugestões são muitas vezes críticas indiretas que tem o objetivo, seja consciente ou insconciente, de minar a auto-confiança do outro. Muitas vezes a tal verdade inclusive entra no esfera do abuso psicológico. E dizer que é para o bem da pessoa não ameniza o abuso.

Assim, se você acha que tem uma licença para dizer o que realmente acha de alguém próximo à você ou o que alguém que tem que fazer para ser feliz dentro dos SEUS parâmetros, pense novamente, pois essa licença pode matar o seu relacionamento. 

E na melhor das hipóteses, se não mata de imediato, fere e de ferimento em ferimento o seu relacionamento poderá morrer a longo prazo, só restando uma cordialidade da outra parte e apenas da outra parte é claro, pois você já provou que desconhece o termo cordialidade com as suas verdades que 'precisam' ser ditas.

Sunday, November 06, 2011

Limite tabaco



Limite tabaco é uma campanha brasileira da ACT (Aliança de Controle ao Tabagismo), em parceria com a Fundação do Câncer.  Seu objetivo é impor limites à indústria de tabaco, por intermédio da proibição de cigarro em pontos de venda - evitando assim o contato de crianças e adolescentes com a droga cada vez mais cedo. A campanha também luta contra o uso de aditivos (aromas e sabores) ao cigarro, que o tornam mais agradável. 

No site você encontra o link para assinar o abaixo-assinado, assim como os links nas redes sociais: http://www.limitetabaco.org.br/ Apoie esse projeto. #limitetabaco

Wednesday, November 02, 2011

As vitais gotinhas de sol


Uma coisa importante que aprendi durante a gravidez na Irlanda foi que devemos dar 5 microgramas de vitamina D3 para nossos bebês, tanto se você amamenta ou se você dá mamadeira. Curiosamente, a doença decorrente de sua carência é mais frequente em países em desenvolvimento - possivelmente por falta de informação.

A vitamina D ajuda os corpinhos dos bebês a usar o cálcio para fabricar e manter ossos e dentes fortes.  De acordo com o HSE, o Serviço Executivo de Saúde, crianças e adultos na Irlanda tem baixos níveis de vitamina D, o que os levam a ter ossos fracos.

A vitamina D é conhecida como ¨vitamina dos raios de sol¨ porque nossos corpos podem fabricar vitamina D a partir do sol. Quando a luz solar toca nossa pele os raios de sol ultravioleta B (UVB) são usados para fabricar vitamina D.

Contudo, não é possível para os bebês receberem vitamina D do sol de forma segura uma vez que suas peles são muito sensíveis. Isso sem falar que os alimentos que eles ingerem podem não conter vitamina D o suficiente. E ainda porque eles crescem muito rápido no primeiro ano de vida e tem uma necessidade maior de vitamina D para formar ossos fortes.

Em casos graves, os baixos níveis de vitamina D podem causar raquitismo nas crianças. O número de casos de raquitismo na Irlanda tem crescido nos últimos anos. Os ossos são mineralizados de forma inadequada quando se tem essa doença, então, não é incomum a pessoa ficar com os ossos tortos e ter baixa estatura.

Felizmente minha fofucha adora as gotinhas, que dou pela manhã, e que as distrai na hora de trocar a fralda. Esse é um momento em que ela normalmente chora. O líquido é doce e tem sabor de aniseed, então ela gosta bastante.

O informativo do HSE sobre vitamina D para bebês aconselha a dar as gotinhas até a criança completar 1 ano. Contudo, as instruções da vitamina D que dou para ela, como nome comercial Abidec, recomenda fazê-lo até os 3 anos. Assim, é melhor confirmar com o seu médico.

Acredito  que a carência de vitamina D tem relação com o número de pessoas - a maioria jovem e do sexo masculino - que vejo andando de muletas com o tornozelo enfaixado na Irlanda. Talvez eles não tomaram as gotinhas quando eram crianças. Esse ano mesmo o radialista Dave Moore (35 anos) foi jogar paintball e fraturou um tornozelo enquanto corria dos seus adversários.